quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Anos de estudo próximos do fim, ou não

Novamente a mesma discussão vem à tona, o diploma de jornalista. Em tempos em que a informação já não é privilégio de alguns poucos, é preciso filtrar, e muito bem, o que é transmitido. A Assembléia Legislativa vai enviar ao Supremo Tribunal Federal um pedido de permanência da regulamentação da profissão de jornalista.

Em breve, o STF vai julgar um recurso extraordinário relativo à exigência do diploma universitário como pré-requisito para a concessão do registro de jornalista profissional.

Meu ponto de vista não difere de alguns já existentes, de que, não regulamentar a profissão seria como "cuspir no ventilador". Imaginem quanta porcaria estaríamos fadados a ler, ouvir ou assistir (se bem que há muita porcaria por aí)? Assim como muitos outros, não apenas por ser estudante de jornalismo, mas por acreditar que mudanças são realmente necessárias para que as coisas funcionem da melhor forma possível.

Nós, estudantes de jornalismo (os que ingressaram na faculdade antes da "febre da comunicação" *), não vamos compactuar com essa manobra infame a que estão tentando nos submeter, ou seja, ignorar todo o tempo que passamos na universidade, trocando experiências, adquirindo conhecimento e, de certa forma, lapidando cada um o seu talento, e deixar que pessoas sem a devida instrução façam por dinheiro aquilo que fazemos, acima de tudo, por gosto.

Não basta querer, tem que saber como e o que está sendo feito, pois, nas cadeiras da faculdade é onde está escondido o segredo de como se transmite a informação de forma ética.

* Febre da comunicação – Nos últimos 5 anos houve um considerável crescimento na procura por cursos de graduação na área da comunicação. O jornalismo tem sido um dos grandes procurados.


Ícaro "Scooby" Santos (icaroesantos@gmail.com)

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