segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Matemática educacional

Acho que o pessoal do governo do Estado não andou freqüentando muito as aulas de matemática. Mas, na verdade não é só isso, o “pessoalzinho” esse não vem seguindo a Constituição que estabeleceu a aplicação de 25% da Receita Líquida de Impostos e Transferências (RLIT) em Educação. Em 1989, a Constituição estadual aumentou este índice para 35%, todavia, desde 2000 este percentual não é cumprido.

Pelo que consta, o ano de 2002, foi o ano em que mais se investiu em Educação, quando foi registrada a marca de 33,41% da RLIT. Em outros governos, sem citar nomes, para não parecer uma defesa partidária ou coisa que o valha, os índices foram menores chegando aos 29,55 no exercício de 2005.

No primeiro ano da atual gestão estadual, 30,2% foram destinados à Educação. Em 2008, a previsão orçamentária se manteve abaixo dos 30%, chegando aos 26,8%, um índice bem inferior ao estipulado pela Constituição.

Mas, voltando ao que havia citado no início do texto, esse pessoal não foi muito assíduo em aulas de matemática, pois, até mesmo uma criança em fase escolar sabe que é muito mais propício e, faz-se valer o velho ditado “é melhor prevenir do que remediar”. Não é difícil analisar e compreender que, se um aluno do Ensino Fundamental custa R$ 1,3 mil ao ano, é mais viável investir em Educação, ou seja, prevenção, ao invés de gastar 4,5 mil ao ano, com um jovem interno da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), ou seja, remediando.

E a pergunta que não quer calar: Quem fica com a grana que fica?

Ícaro Santos (icaroesantos@gmail.com)

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